

Cafés Especiais
De acordo com a Metodologia de Avaliação Sensorial da SCAA (Specialty Coffee Association of America), Café Especial é todo aquele que atinge, no mínimo, 80 pontos na escala de pontuação, que vai até 100, sendo avaliados os seguintes atributos:
Fragrância/Aroma
Uniformidade (cada xícara representa estatisticamente 20% do lote avaliado)
Ausência de Defeitos
Doçura
Sabor
Acidez
Corpo
Finalização
Harmonia
Conceito Final (impressão geral sobre o café, atribuída pelo classificador. Única parcela de subjetividade do classificador na avaliação da amostra)
Um Café Especial destaca-se nesses atributos, possuindo sabores e aromas que podem ser frutados, herbais, doces como caramelo e chocolate, por exemplo.
Dependendo da região de cultivo, do cuidado pós-colheita e da torra, você tem cafés diferentes e muito saborosos.
Essa classificação é apenas para o café Arábica, pois a bebida feita a partir dessa espécie, é considerada nobre por sua complexidade de aroma e sabor (doçura e acidez).
Mas a nota não é a única diferença entre os grãos. O processo de torrefação também é muito importante, pois irá influenciar o resultado do sabor na xícara. Isso acontece porque quanto mais tempo o café é exposto ao calor no torrador, mais açúcar natural do grão é consumido. Portanto, quanto mais escura a torra do café, menos doçura ele terá.
Para o produtor também é muito diferente. O café especial é produzido em menor quantidade, mas dá muito mais trabalho no processo produtivo. Ele exige cuidados desde o desenvolvimento da planta, na colheita, no pós-colheita, secagem, armazenamento até chegar a torra. Por esse motivo, o café especial agrega muito mais valor ao produtor e ao comércio.
Cafés Tradicionais
Na produção do café tradicional (vendido em supermercados) ou commodity, os grãos não passam por uma seleção rigorosa como no especial e são feitos à partir de blends de cafés Arábica e Conilon da espécie Robusta. Os grãos utilizados apresentam muitos defeitos e impurezas (palha, cascas do café), além de misturas com outros produtos, a fim de baixar o custo do produto final. Isso acaba alterando muito o sabor e o aroma do café após seu preparo.
Para atenuar todos estes fatores o café passa por uma torra bem escura e posteriormente por uma moagem bem fina. Por esses motivos, na hora de tomar o café, muitas vezes ele precisa ser adoçado para disfarçar seu sabor amargo intenso.
A história do café começou no século IX.
O café é originário das terras altas da Etiópia e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa.Mas, ao contrário do que se acredita, a palavra "café" não é originária de Kaffa — local de origem da planta —, e sim da palavra árabe qahwa, que significa "vinho", devido à importância que a planta passou a ter para o mundo árabe.
Uma lenda conta que um pastor chamado Kaldi observou que suas cabras ficavam mais espertas ao comer as folhas e frutos do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e sentiu maior vivacidade. Um monge da região, informado sobre o fato, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.
saiba.
A história do
café como ela é
Parece que as tribos africanas, que conheciam o café desde a Antiguidade, moíam seus grãos e faziam uma pasta utilizada para alimentar os animais e aumentar as forças dos guerreiros. Seu cultivo se estendeu primeiro na Arábia, introduzido provavelmente por prisioneiros de guerra, onde se popularizou aproveitando a lei seca por parte do Islã. O Iêmen foi um centro de cultivo importante, de onde se propagou pelo resto do Mundo Árabe.
O conhecimento dos efeitos da bebida disseminou-se e no século XVI o café era utilizado no oriente, sendo torrado pela primeira vez na Pérsia. Na Arábia, a infusão do café recebeu o nome de kahwah ou cahue. Enquanto na língua turco otomana era conhecido como kahve, cujo significado original também era "vinho". A classificação Coffea arabica foi dada pelo naturalista Lineu.